segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O que você faria se trabalhasse com IoT? (Internet Of Things)



É com alegria que compartilho que fui um dos vencedores do “Microsoft IoT Business Innovation Challenge 2016”, um desafio anual realizado pela Microsoft entre alunos de MBAs, contando com a participação das melhores escolas europeias.

Participar de case competions e desafios como este faz parte da rotina dos alunos de MBA e sempre oferecerem experiências muito enriquecedoras.

Esse ano a pergunta era “O que você faria se trabalhasse na Microsoft com IoT? (Internet Of Things)”. Confesso que fiquei em dúvida se participaria ou não do desafio, já que não sou nenhum Geek e nem trabalho no ramo. Além disso, eu realmente não sabia a resposta.

Para quem ainda não é familiarizado com o termo, Internet of Things (IoT), ou Internet das Coisas, representa uma revolução tecnológica que permite conectar dispositivos eletrônicos do dia-a-dia à internet. Imagine, por exemplo, a sua casa inteira conectada; não apenas seu computador e celular, mas geladeira, carro, micro-ondas, luzes, portas, alarme… tudo conectado, e gerido por uma inteligência artificial que desenvolve e aprende com você. Parece ficção científica, mas não é! É o futuro das nossas vidas (e o presente para algumas empresas, como Amazon e Microsoft), podem esperar! Foi então que, movido pelo desafio de aprender, resolvi participar e fui um dos vencedores do desafio.

Aos que se interessaram em conhecer mais sobre o tema, publiquei no meu LinkedIn o texto que enviei para a Microsoft (em inglês).

Linked In: Guilherme Ubiali - O que você faria se trabalhasse na Microsoft com IoT? (Internet Of Things)

Até mais,

Guilherme Ubiali

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Minha primeira experiência com realidade virtual



“La realidad virtual será la tecnología protagonista del año 2016”. Foi após ler esta frase em um e-mail encaminhado por um colega de MBA  que decidi aprender mais sobre o assunto. Afinal, como a realidade virtual, prevista como “protagonista de 2016”, poderia ser totalmente desconhecida para mim? Até aquele momento o meu maior contato com realidade virtual se limitava a saber que ela existia, hoje eu sou um defensor dessa frase.

Por trás dessa curiosa afirmação estava o Espaço Fundação Telefônica de Madri, um local conhecido por trazer inovação estava prometendo a criação de um espaço, um showroom, dinâmico e vivo para que qualquer um pudesse interagir com as últimas tecnologias do setor. Fiquei super animado com a oportunidade e corri para me inscrever, para minha tristeza estava lotado por 15 dias. A mesma frustração ocorreu na semana seguinte e na seguinte. Até que na quarta tentativa eu consegui! Os ingressos esgotaram cinco minutos depois.

O evento foi incrível, no quarto andar, onde fica instalado o workshop, fui recebido por dois profissionais simpáticos que logo me explicaram como seria minha viagem virtual e alertaram o cuidado para cardíacos (hein?!). Sentei em uma cadeira, coloquei os óculos e entrei em uma experiência que mudou a minha percepção de realidade. Imediatamente eu estava em um barquinho, na Índia, segundos depois um elefante se aproximava de mim. Com um piscar de olhos eu aparecia em uma apresentação do Cirque du Soleil, depois um enorme dinossauro vinha me dar um oi e eu terminava em uma bela viagem pelo espaço.

A perfeição dos detalhes é algo encantador, a sensação de imersão oferecida pelos óculos, completada pela sonorização perfeita do fone, me davam a certeza de que eu tinha sido transportado para outro mundo (agora entendi a questão do cardíaco), praticamente era possível tocar. Mas o mais interessante é que durante a imersão na realidade virtual a gente esquece completamente do mundo “lá fora” e vive uma experiência que te leva a duvidar dos seus sentidos, algo que não dá para descrever totalmente em palavras. Sem falar no “baque” que é voltar ao mundo real.

Saí tão maravilhado de lá que eu resolvi comprar um Óculos Gear para mim e participar mais desse mundo. Tenho certeza que em breve a realidade 3D fará parte do dia a dia de todos. Já existe na Espanha um restaurante usando essa tecnologia, mas vejo que em breve ela estará presente em todas as indústrias. Você poderá visitar seu apartamento e vê-lo decorado quando ele ainda estiver na planta. Participará de aulas em qualquer universidade do mundo, sentando na sala de aula e interagindo com os colegas. Viajará pelo mundo sem precisar sair do sofá. Qual será o limite desta tecnologia? Viveremos em uma Matrix no futuro? Vamos aguardar os próximos capítulos.

Um abraço e até breve

Gostou do tema? Leia mais sobre tecnologia aqui: O que você faria se trabalhasse com IoT?

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Escolas espanholas ganham sotaque global - Entrevista Guilherme Ubiali


Saiu hoje no jornal Valor Econômico a entrevista que dei falando sobre a experiência de estudar um MBA na Espanha. Para quem tiver curiosidade sobre o tema, segue a matéria.

Escolas espanholas ganham sotaque global

Valor Econômico 
Por Stela Campos
11/07/2016


As escolas de negócios espanholas, na verdade, parecem pouco espanholas. Em seus campi, ouve-se de tudo: mandarim, japonês, português, alemão, hindi, entre outros idiomas. Existem muito mais estudantes estrangeiros do que locais. Esse ambiente globalizado, com alto índice de internacionalização nas classes, aliado a um ensino que se equipara às melhores instituições do mundo, têm alavancado as três principais escolas do país nos rankings globais de educação executiva e de MBA.

A história de sucesso da Iese, da IE A história de sucesso da Iese, da IE e da Esade coincide com o crescimento da economia espanhola. "Há 30 anos, o país precisava formar mais administradores, portanto, houve uma importante sinergia com as instituições de ensino de negócios locais", explica o professor José Ramon Pin, diretor acadêmico do MBA Executivo da Iese. Ele conta que a projeção internacional aconteceu a partir dos anos 90, quando elas começaram a figurar nos rankings do jornal "Financial Times" e das revistas "The Economist" e "Forbes", entre outros.

Atualmente, as três escolas são as únicas do país que contam com a chamada "triple crown", que é a acreditação dos três selos de qualidade mais disputados do mundo, da The Association to Advance Collegiate Schools of Business (AACSB), da The Association of MBAs (Amba) e da European Quality Improvement System (Equis). Mas não são apenas os títulos conquistados por elas que atraem os alunos internacionais. A possibilidade de estudar em Madri ou Barcelona e estar na Europa tendo um custo de vida mais baixo do que em cidades como Londres e Paris conta pontos na escolha.

O brasileiro Guilherme Ubiali, 29 anos, aluno do International MBA da IE Business School, decidiu estudar na Europa por conta da experiência cultural intensa proporcionada pela grande diversidade em sala de aula, mas também pela possibilidade de poder trabalhar na região após o curso. "Quando a escolha é entre as 20 melhores do mundo não se perde nada em relação às escolas americanas", diz. Estudar em Madri, segundo ele, é um ótimo "plus". "A qualidade de vida é incrível. É uma cidade moderna que abre inúmeras possibilidades", afirma.

Ele escolheu a IE porque queria aproveitar o "dual-degree", que permite ao aluno em 18 meses ganhar dois diplomas, o de MBA e o de mestrado, além do foco da escola no empreendedorismo. A IE foi criada em 1973, fruto da iniciativa de um grupo de empresários locais, o que pode justificar esse DNA empreendedor. "Sempre fomos uma escola inovadora e disruptiva", diz o reitor Santiago Iñiguez, que está há 12 anos no comando. Ele conta que a instituição foi uma das primeiras a lançar o modelo de MBA executivo na Europa, um programa part-time voltado para executivos que não querem parar de trabalhar para estudar. "Há 40 anos, ele foi muito criticado por ser pouco acadêmico, mas hoje é adotado pelas melhores escolas do mundo."

Iñiguez diz que o mesmo aconteceu nos anos 90, quando a escola lançou os cursos "blended", misturando aulas online e presenciais. "Diziam que era um ensino barato e de má qualidade", conta. O modelo híbrido da escola se tornou um sucesso, o que a levou este ano ao topo do ranking do "FT" em cursos de MBA online. "Tomamos decisões que pareciam suspeitas, mas que ao longo do tempo se tornaram tendências", diz o reitor.

Um consenso entre os reitores das três escolas é que junto com a formação de mercado e técnica, o ensino de administração moderno deve enfatizar o lado humano da gestão. "Nossa visão é humanista, precisamos dar essa perspectiva holística para os alunos", diz Heukamp, da Iese. Santiago Iñiguez afirma que desenvolver líderes tem a ver com criar uma visão de mundo que se alcança conhecendo a história, a literatura, a cultura de outros países, a sociologia e questões ligadas as ciências políticas. "Humanas é a linha que une tudo que tem a ver com os conhecimentos práticos", afirma. A Espanha, com sua rica tradição cultural, pode ser um lugar inspirador quem quiser mergulhar nesses temas.


sábado, 18 de junho de 2016

Global Village – O mundo em um só lugar

Com mais de 90 nacionalidades presentes a IE Business School é um caldeirão de culturas. Por isso, anualmente o Net Impact Club organiza um evento para celebrar essa rica diversidade cultural com muita alegria, o Global Village.

Esse ano o evento aconteceu numa ensolarada quinta-feira de junho e reuniu entre 400 e 500 pessoas para celebrar com muita comida, bebida, roupas e música típica de dezenas de países. É claro que o clube brasileiro, no qual sou presidente, teve uma barraca caprichada lá! Conseguimos fazer bonito com uma apresentação de capoeira, pão de queijo, brigadeiro, guaraná e aquele que fez mais sucesso, o açaí.

Foi um evento incrível, não só porque a gente pode mostrar nossa cultura, mas também porque pode ver e viver um pouco da cultura de diversos países. Eu tentei aproveitar um pouquinho de cada país, e experimentar coisas que eu nunca tinha visto antes.

Adorei! Algumas fotos do dia do evento tirado por Alessandra Aroeira, nossa fotografa no IE Club Brazil.

Guilherme Ubiali



quarta-feira, 8 de junho de 2016

TEDx Madrid– O MBA além da sala de aula



Semana passada tivemos um grande evento aqui em Madri, o TEDx Madrid, e eu tive a enorme alegria de participar. Para quem não sabe, os “TEDx” são eventos independentes organizados regionalmente ao redor do mundo com a chancela TED (do inglês Technology, Entertainment, Design).

Um pouco mais preciso que seu irmão maior TED, mas igualmente incrível, o TEDx reúne a pensadores e influenciadores da comunidade regional para debater assuntos que afligem a população global. Uma oportunidade de ouro para ouvir pessoas extremamente competentes falando sobre o que há de mais moderno e inovador sendo discutido no mundo.

O tema de 2016 foi “Why Not?”, em português, “Por que não?”. Um jeito de os organizadores colocarem diversos ‘pontos de interrogação’ na nossa cabeça e nos fazerem questionar nossos próprios paradigmas.

O TEDx Madrid contou com diversos palestrantes (inclusive uma artista e aluna da IE que compartilhou sua emocionante história), e abordou os mais diversos temas como Blockchain, inclusão LGBT, investimento com impacto social, meio ambiente, relacionamento no trabalho, poesia e arte, evolução do capitalismo, entre outros.

Para falar a verdade eu sempre fui fã dos projetos TED, há bastante tempo que eu já acompanho pela internet os vídeos do TED pelo mundo, mas a oportunidade de estar presente e sentir o clima do evento, conversar e trocar histórias com pessoas tão incríveis, fez esse evento se tornar uma experiência única que eu amei viver.
O networking foi intenso, consegui tirar dúvidas diretamente com os palestrantes e sentir uma energia muito bacana em um ambiente fantástico que é o auditório do Google aqui em Madri. Por isso que eu digo: o MBA aqui na Europa vai além da sala de aula!
Agora é matar a saudade vendo vídeos do TED na internet e esperar a próxima oportunidade.
Pra quem não conhecia o TED, segue o link onde pode assistir vários vídeos.




















segunda-feira, 30 de maio de 2016

Madri Campeã



Nesse sábado dia 28/05/2016 Madri amanheceu com uma vibração diferente.  Nem a forte chuva tirou os ânimos da população, afinal, um espetáculo histórico estava sendo preparado para aquela noite. Pela segunda vez na história os gigantes madrilenos Atlético de Madrid e Real Madrid se enfrentavam na final da Champions League, o campeonato de futebol de clubes mais importante do mundo.

A alegria, branca, vermelha e azul estava nos olhos, sorrisos e paixão do povo. O futebol é de fato um esporte interessante, com uma capacidade incrível de mobilizar e envolver as pessoas. O alvoroço me fez lembrar meus tempos de Belo Horizonte, quando jogava Atlético Mineiro e Cruzeiro.
Mas uma coisa era bem diferente do que eu estava acostumado a ver no futebol brasileiro, o clima de paz e alegria entre os torcedores era bonito de se ver. A maioria dos bares eram mistos, onde conviviam alegremente, inclusive na mesma mesa, torcedores dos dois times. Eu não vi briga, não vi discussão e muito menos morte, algo comum no Brasil, mas totalmente impensável em Madri. Tomara que um dia nossos torcedores entendam que a prazer do futebol está em aproveitar com os amigos e não se matar por um time.

O jogo você deve ter visto, pareceu videogame. Gol do Real, gol do Atlético.  Pressão do Real, pressão do Atlético. Prorrogação, 122 minutos de bola rolando, 9 pênaltis e Real campeão (confesso que torci pro Atlético). Mas na verdade, foi a cidade de Madrd e o povo madrileno os verdadeiros campeões.

Saindo de lá fomos comemorar com centenas de milhares de madridistas (torcedores do Real Madrid) na praça Cibeles, mas considerando o que já comentei, não me surpreendi ao ver em meio aos madridistas, centenas de torcedores do Atlético, que apareciam uniformizados para festejar com os campeões de forma totalmente harmônica e sem nenhum incidente (fiquei imaginando um torcedor Tricolor comemorar na Gaviões da Fiel).

Fui embora as 2h da manhã, enquanto milhares de torcedores ainda chegavam para aguardar os jogadores que passariam por lá as 5h da manhã. No fim, ficou a alegria de estar com os amigos do MBA das mais
diversas nacionalidades, divertir vendo um futebol de altíssimo nível e a certeza de que aquela noite foi Madri que dormi campeã e capital mundial do futebol.






terça-feira, 3 de maio de 2016

Algo interessante está acontecendo.

Algo interessante está acontecendo.




Uber, a maior empresa de táxi do mundo e não é dona de nenhum veículo.

Facebook, a mídia mais popular do mundo e não cria nenhum conteúdo.

Alibaba, o varejista mais valioso do mundo e não tem nenhum estoque.

Airbnb, o maior fornecedor de alojamento do mundo e não possui nenhum imóvel.



Algo interessante está acontecendo e é importante observar esta transformação para tentarmos avaliar seu impacto nos nossos próprios negócios. Quando vemos o sucesso de Uber, Facebook, Alibaba e Airbnb fica claro que investir enorme quantidade de capital em ativos (máquinas, prédios e estoques) não é mais necessário (e provavelmente insuficiente) para o sucesso de uma empresa.

Outra conclusão interessante é que uma “tecnologia superior” tampouco é garantia de sucesso, ou alguém acredita que o Facebook têm melhor “Tecnologia” do que o Google+ e por isso tem sucesso? Ou que o Alibaba tem sucesso por ter uma melhor “tecnologia” do que seus concorrentes locais, como o próprio Mercado Livre? Mas se a resposta não está na tecnologia, então, por que algumas empresas têm tido tanto sucesso e tão rápido nos últimos anos?

A transformação dos últimos anos vai muito além de “comunicarmos mais rápido” ou “sermos mais eficientes”, o que mudou foi a forma de lidar com a informação. A tecnologia dá para as empresas acesso a uma infinidade de dados e este sim é o ativo mais importante que temos hoje, portanto observando os casos citados.

Razão do sucesso

Uber: Não é por ter uma frota enorme de carros, ou um aplicativo melhor, é por ter “dados” de motoristas (principalmente localização) e cruzá-los com os “dados” de clientes interessados naquele serviço de uma forma inovadora e eficiente.

Facebook: Não são milhões de jornalistas os responsáveis pelo sucesso do Facebook como gerador e disseminador de conteúdo, são seus próprios usuários. E por que o Facebook vale tanto? Seria graças aos prédios ou patentes que possui? Não, o valor do Facebook é devido a quantidade enorme de dados que possui sobre seus usuários (nome, idade, gênero, localização, interesses) e a forma eficiente que transforma esses dados em informação para vender publicidade direcionada.

Alibaba: Uma loja com milhões de novos itens cadastrados todo mês. Seria o valor do Aliababa fruto de seus estoques milionários? Já vimos que não. O sucesso desta incrível empresa novamente vem da sua capacidade de pegar os “dados” dos produtos e interessados em vendê-los e apresentar de forma fácil e eficiente essas informações para bilhões de clientes pelo mundo.

Airbnb: Ainda pouco difundido no Brasil, esta empresa está fazendo um sucesso surpreendente pelo mundo simplesmente colocando em contato proprietários de imóveis com pessoas interessados em alugá-los para temporada (seria um Uber imobiliário?!). Em poucos anos esta empresa de acomodação ultrapassou grandes grupos como Accor e Marriot sem precisar comprar nenhum hotel, apenas gerenciando de forma eficiente os dados de milhões de proprietários que subutilizavam seus imóveis e interessados em uma renda extra com pessoas interessadas em pagar menos em acomodação durante suas viagens.

Portanto, o segredo para sucesso no momento atual é a capacidade de gerenciar dados e transformá-los em informação. Toda empresa, mesmo o menor comércio de bairro precisa ter em mente a importância da informação. Como usá-la para gerenciar seus clientes, oferecer soluções mais direcionadas e eficientes para seus clientes. Estamos passando por uma nova revolução, não mais vivemos a “era da tecnologia”, agora estamos entrando na “era da informação”.



Guilherme Ubiali